Música é do Mamonas Assassinas: 'Abra sua mente, gay também é gente'.
Feliciano rebateu: 'Não sou contra gays. Sou defensor da família natural.'
Durante um voo que ia de Brasília a São Paulo na sexta-feira (9) um grupo de jovens cantou a música "Robocop Gay", dos Mamonas Assassinas, para o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP). Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Feliciano é alvo de protestos desde que assumiu o cargo por defender a chamada "cura gay", que autoriza psicólogos a oferecer tratamento para reverter a homossexualidade.
Pelo Twitter, o parlamentar relatou: "Ao decolarmos em Brasília cerca de 10 gays me constrangeram, dois vieram a minha poltrona gritando, cantando música bizarra". Ele rebateu acusação de ser contra os gays: "Estes cidadãos colocaram em risco a segurança dos passageiros. Querem respeito, mas não respeitam. [...] E assim fazem com qualquer pessoa que discorde de suas práticas. Que Deus nos guarde. Não sou contra gays, sou defensor da família natural!"Feliciano também postou no Twitter um vídeo com a cena (veja o vídeo). No vídeo, jovens se aproximam e começam a cantar trechos da música dos Mamonas Assassinas: "Abra sua mente, gay também é gente. Baiano fala 'oxente' e come vatapá. Faça sua barba, arrume seu bigode. Feliciano também pode, não tente disfarçar."
Homens dançam ao lado da poltrona de Marco Feliciano em voo (Foto: Youtube/ WAPTV Comunicação Comunicação)
O parlamentar não reagiu e continou olhando o computador. Em alguns momentos, jovens passaram a mão no cabelo dele, até que uma pessoa sentada perto pediu para o grupo parar. De outro ponto da aeronave, os jovens continuaram a se referir ao parlamentar:"Feliciano, pode esperar, a sua hora vai chegar" e outros disseram "Você não me representa" e "Minha família me aceita".
Em seu microblog, o parlamentar agradece aos passageiros do voo e ao apoio da Polícia Federal. Segundo ele, agentes o auxiliaram depois que a aeronave pousou. "Os passageiros me defenderam, o piloto ameaçou retornar pra Brasília. Sofri xingamentos o voo todo. Haviam crianças no voo, família", contou.
Um assessor do deputado que também estava no avião disse que, em solo, agentes federais pediram para que o parlamentar identificasse "os arruaceiros", mas que Feliciano não prestou queixa e eles foram liberados.
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